28 de dezembro de 1895 e o Cinema dos irmãos Lumière
- Rodrigo Fernandes
- 29 de dez. de 2015
- 2 min de leitura
Estamos mais do que acostumados a ir até uma sala escura e nos depararmos com uma sequência de imagens e sons vindas de uma tela enorme a nossa frente; mas imagina isso há 100 anos átras.
Para ser mais exato, 120 anos. Essa é a data precisa em que os irmãos Lumière resolveram colocar para rodar 10 filmes curtos para uma platéia pagante, ocasionando na primeira exibição pública e paga do cinema.
A saída dos operários da fábrica Lumière e a chegada de um trem a estação: esse era o 'enredo' de dois dos curtos filmes que foram exibidos.
Há também registros de projeções anteriores, como a dos irmãos Max e Emil Skladanowsky na Alemanha, mas a fama ficou mesmo para os irmãos Lumière; mas para que o cinema surgisse; também devemos creditar o inventor da fotografia, através das mãos do francês Joseph Niérce e aprimorado, posteriormente, pelo norte-americano George Eastman, fundador da Kodak.
Além de também agradecermos aos iventos e a genialidade de Thomas Edison que percebeu a impressão de movimento ao passar rapidamente várias imagens estáticas, além de todo o trabalho em se aproveitar melhor a luz na concepção de um filme.
Das mãos dos irmãos Lumière saíram a invenção do projetor, para que mais pessoas pudessem ver aquilo que era apenas restrito a uma pequena câmara escura.
O crédito também fica por conta de Georges Melies, que conseguiu ver o que até então era uma simples projeção de imagens do Lumière como uma forma de arte e produziu grandes filmes. Toda a sua façanha foi fonte de inspiração para outros grandes cineastas, tais como D. W. Griffith, que errou feio com o polêmico "O Nascimento de uma Nação" com o alto teor de racismo contido nesse filme; mas isso podemos contar numa outra oportunidade.
Melies era ilusionista e levou os seus truques para a frente das telas, sendo o percursor do que hoje temos com os efeitos especiais nos filmes.
O truque da bala de canhão atingindo a lua, no curta "A trip to the Moon" é a mais conhecida obra.
O livro "A Invenção de Hugo Cabret", de Brian Selznick, e sua adaptação para os cinemas das mãos do habilidoso diretor Martin Scorsese, são inspirados na história da vida de Méliès
Se falamos de cinema... falamos de Charles Chaplin. O britânico que ficou conhecido pelo seu irmortal personagem de vagabundo desengonçado, carinhosamente chamado por aqui como Carlitos.
Foi ele um dos grandes responsáveis pela expansão do cinema, como um instrumento de diversão e reflexão. Suas obras iam além de engraçadas histórias de comédia pastelão. Críticas a Alemanha Nazista e a política interna dos EUA são vistas em "O Grande Ditador"; outro clássico de Chaplin, "Tempos Modernos", é uma crítica feroz ao consumismo desenfreado.
Hoje, outros fazem essa história dar prosseguimento e tornam o cinema, uma fascinante arte.
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