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Jim Carbonera

  • Mauricio Moura
  • 25 de fev. de 2016
  • 3 min de leitura

O escritor gaucho, Jim Carbonera, é autor de 3 livros. O mais recente publicado "Royal 47" dá sequencia a um projeto particular do autor; escrever relatos do ciclo urbano de Porto Alegre, cidade onde nasceu e escolheu para ser seu reduto literário. Suas obras de ficção trazem as particularidades da cidade, dos seus moradores e dos visitantes que dão vida e personalidade para essa metrópole tão peculiar.

Confira a entrevista que o autor concedeu ao portal dos Geeks.

OS GEEKS: Conte-nos mais sobre seu terceiro livro "Royal 47"?

JIM CARBONERA: Royal 47 nos remete ao ano de 2013, onde o protagonista Rino Caldarola se lança num novo período de sua vida. Abandona tudo aquilo que sempre o prendeu a uma existência confortável e complacente e decide se arriscar em morar sozinho no bairro que é o reduto da boêmia porto-alegrense. Enquanto datilografa seu primeiro romance em sua Royal Quiet De Luxe 1947, Rino vive e sobrevive em meio a bares, motociclistas, trabalhos temporários e relacionamentos superficiais; se entregando avidamente aos desejos e perturbações que o seu novo ambiente lhe traz.

OG: Fale um pouco para a gente do seus dois livros anteriores: "Divina Sujeira" e "Verme!"... JC: São livros que seguem o mesmo tema e apresentam o mesmo protagonista, porém, com ideias e intensidades diferentes. Nesta segunda edição do Divina Sujeira, a primeira parte é um romance protagonizado e narrado pelo Rino Caldarola. Na segunda parte da obra, são contos subversivos, com temas bastante polêmicos e contados em terceira pessoa. Nesses contos, abordo temas como estupro, vingança, castração, necrofilia, ménage à trois etc. Já o Verme!, é um livro mais reflexivo. Onde o personagem principal está inquieto e aflito com o que está se passando ao seu redor. Quer sair da casa dos pais, lançar um romance e mudar-se para uma zona mais boêmia da cidade. E dentro desses questionamentos, ele faz uma crítica social sobre diversos temas que nos deparamos diariamente.

OG: O Rino Caldarola é o personagem principal dos seus livros, você se inspirou em algo para criá-lo, tem um pouco de você nele ou ele é o oposto da sua personalidade? JC: Gosto de jogar com o leitor. De fazer esse misto de realidade com ficção. Deixar na dúvida o que é verdade ou pura invenção. E para isso acontecer, é primordial que criador e criatura tenham algumas semelhanças físicas. Porém, a parte psíquica do protagonista é diferente. Posso confidenciar que ele é mais corajoso. Enfrenta a realidade de forma destemida. Não atua socialmente. É extremamente autêntico e sem meias palavras. Eu já tenho mais jogo de cintura, sou mais adaptável. Sei usar o cinismo quando me convém. Algo que pro Rino é quase uma tortura ter que fazê-lo.

OG: Quais as principais dificuldades de ser um autor nacional?

JC: Putz, são tantas. Vamos falar das clichês, mas não menos importantes: falta de incentivo governamental e privado, preconceito com escritores brasucas, editoras pensando estritamente em vendas ao invés de se preocuparem também com a parte cultural e intelectual, superproteção a autores estrangeiros, leitores influenciados pelo mercado editorial etc.

OG: Qual foi o seu sentimento quando o livro foi publicado?

JC: De um orgasmo. Porém, depois a gente vai amadurecendo e criando uma crosta contra empolgação. Claro, que todo livro que lanço sinto um orgulho único, porém, a grande dificuldade começa a partir daí. Então hoje em dia tenho muito mais prazer de quando alguém consome um livro meu do que propriamente quando o publico.

OG: Todo escritor tem seus autores prediletos, quais são os seus? E como você adotou esse estilo de escrita, que foge um pouco do tradicional?

JC: Ah, vou falar apenas de um e que é meu grande herói na literatura: o cubano Pedro Juan Gutiérrez. Ele foi meu guia espiritual (mesmo sem saber). Foi através de seus livros que explodi qualquer tipo de censura em relação aos meus textos. Através dele e, para não ser injusto, do escritor Charles Bukowski, que consegui enxergar que a literatura pode ser honesta e sem amarras. Cotidiana. Sobre temas simples como amores perdidos, bebidas, porres, boêmia, orgasmos, transtornos etc. Tudo relatado num cenário verdadeiro, onde o leitor pode tocar e frequentar caso queira. E com bastante questionamento e reflexão.

OS GEEKS: Deixe uma mensagem para os seguidores dos Geeks e que são fãs de leitura. JIM CARBONERA: Agradeço por disponibilizarem um tempo para lerem esta entrevista. Peço, do fundo da alma, que abram um pouco os seus horizontes. Deixem de lado as ideias preconcebidas sobre a literatura brasileira, e dê uma chance a ela. Não se guiem apenas ao que está na crista da onda do mercado internacional. Pesquisem, corram atrás de novos mares. Saiam do mimetismo editorial. Tenho certeza que serão agraciados com excelentes histórias.

Abraços e beijos a todos!

Conheça mais sobre o trabalho do Jim Carbonera...

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