Ressurreição (2016)

Considerado pelo diretor como uma sequência não oficial do excelente "A Paixão de Cristo", de Mel Gibson, o filme "Ressurreição" traz a trajetória de um cético oficial romano Clavius (Joseph Fiennes).

O tribuno romano chega de uma batalha contra judeus rebeldes e já logo é mandado por Pilatos (Peter Firth) ao local aonde está ocorrendo a crucificação de três pessoas.

Essas cenas em questão são muito bem dirigidas. Não tem o mesmo impacto do filme de Mel Gibson, mas ainda dá uma certa aflição com os gritos e a cruz caindo. O grande problema do filme é depois disso...quando ele se torna um filme de investigação policial.

Bem ao estilo "CSI", o tribuno romano é designado por Pilatos a investigar o desaparecimento do corpo de Jesus.

Nesse ponto, o filme sai totalmente do formato tradicional de filmes semelhantes sobre a vida de Cristo. Sem olhos azuis e cabelos loiros, Jesus é intrepretado pelo ator Cliff Curtis (do seriado "Fear The Walking Dead"); outro ponto que também foge do tradicional.

Há também um Draco Malfoy meio tímido em seu personagem que nada acrescenta para toda a história do filme. O ator Tom Felton interpreta outro soldado romano encarregado de ajudar nesse processo de investigação.

Nessa trajetória, o personagem de Fiennes acaba tendo uma conversão, bem ao estilo de Tarso quando se converte e torna-se Paulo... São Paulo.

Esse diferencial no filme de haver todo um trabalho de investigação é interessante, porém não vá com grandes expectativas.

Uma produção que irá agradar quem é mais religioso, mas também não irá fazer nenhum ateu se converter; mesmo que essa não seja a grande proposta que o filme tenha.

O filme não ousa além do que esperamos que ele possa ousar; a fotografia, o roteiro, os diálogos, as cenas, movimentos de câmera, edição, cenários, figurinos.. tudo é simples, básico, "certinho"...um trabalho bom, mas quando você sai do cinema fica com a sensação de que poderia ter sido melhor.