"A viagem de meu pai" retrata drama com toques de humor
- Mauricio Moura
- 11 de ago. de 2016
- 2 min de leitura

Nesta semana chega aos cinemas o filme francês "A viagem de meu pai", do diretor Philippe Le Guay. Já assistimos e contamos aqui para vocês o que achamos. O drama, que tem uma pitada de humor, gira em torno do senhor de 80 anos, Claude Lherminier (Jean Rochefort), que sofre com a perda de memória. Mesmo com esse problema ele se recusa a aceitar ajuda e insiste que pode viver sozinho e fazer o que bem entende.
A história dá destaque também para as reclamações de Claude em função de uma de suas filhas, Alice, não vê-lo há 10 anos, criando nele um forte desejo de viajar até Miami para finalmente encontrá-la. Essa visita da filha não acontece por um motivo, que você descobrirá quando assistir, sem spoilers dos Geeks. Sua outra filha Carole (Sandrine Kiberlain) é quem cuida do pai, e apesar do pesado trabalho na indústria de papel, que ela herdou de Claude, Carole se desdobra e luta diariamente para que ele esteja bem. Ela contrata várias empregadas para cuidar do pai e muitas não se adaptam pelas manias de Claude e por sua insistência em ser independente. Carole começa então a pensar na possibilidade de colocá-lo num asilo, mesmo que isso faça os dois sofrerem com a decisão.

O filme lembra um pouco "Para sempre Alice", que rendeu o Oscar de melhor atriz a Julianne Moore. A atuação de Jean Rochefort é intensa e ao mesmo tempo que ele te faz rir, com seus sarcasmos, te faz chorar com a perda de memória e as decepções por precisar todo tempo de cuidados especiais.
Sandrine Kiberlain é outro destaque, ela conseguiu incorporar uma relação tão íntima com Jean, que muito mais do que atores, eles parecem de fato pai e filha, criando uma identificação forte com quem assiste.
Aos poucos você vai estar torcendo para que tudo termine bem para ambos.
Um drama agradável e emocionante, que aborda uma realidade vivida por muitas pessoas, que é a perda de memória
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