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Review: "Rudderless"

  • Rodrigo Fernandes
  • 16 de out. de 2016
  • 3 min de leitura

Rudderless é um filme tocante que mostra o relacionamento desgastado entre pai e filho sendo restaurando através da música.

Sam sofre com a morte do filho e decide tocar as músicas dele em um bar. Quando as músicas fazem sucesso, ele decide assumir a autoria.

Não se deixe enganar pela sinopse oferecida no sistema da Netflix, Rudderless é um daqueles tesouros escondidos em meio a centenas de outros títulos resistentes no catálogo do serviço.

A história é comovente. Cada personagem carga dramática suficiente para aguentar o peso da trama e, surpreendentemente, acabam indo além do esperado. Começando pelo ator Billy Crudup que interpreta Sam, um pai de família bem sucedido em uma firma que vê o seu mundo desmoronar com a morte de seu filho único, Josh, vivido pelo ator Miles Heizer.

Billy consegue dar vida a um personagem instigante que, ao longo do filme, vamos nos dando conta do tamanho fardo que ele teve de carregar em suas costas. Perder um filho é a dor maior que um pai pode sentir e é inimaginável o quão foi sofrida a perda de Josh nas condições que o filme nos apresenta ao decorrer da história.

Nas poucas cenas em que Josh aparece vemos um garoto talentoso em suas composições, mas que vive em um mundo particular. A insatisfação de viver no ambiente de faculdade aparece em uma rápida cena, porém não justifica o que ele faria na sequência e nem era preciso justificar. O filme não se trata do que Josh fez ou deixou de fazer e sim na trajetória emocional de um pai que perdeu seu filho nessas condições. E nisso o filme acerta em cheio. Não há julgamentos. Não há dramas típicos que observamos da relação conflituosa entre pai e filho. Há sim uma bela jornada reflexiva vivida por Sam e que vai afetando a todos os que estão a sua volta.

Dois anos se passam e Sam recebe a visita de sua ex esposa Emily, interpretado pela sempre ótima atriz Felicity Huffman que lhe entrega alguns objetos do seu falecido filho. Ao se deparar com as canções compostas pelo filho, Sam começa a trilhar um caminho de reconciliação e crescimento.

Ao tocar em um bar uma das músicas do filho, acaba despertando o interesse de um jovem músico chamado Quentin, vivido pelo ator já falecido Anton Yelchin. Anton é brilhante na composição do personagem e só entristece ainda mais pelo fato da sua jovem carreira ter sido tragicamente interrompida.

Antes de ser o Chekov na nova franquia de Star Trek, o ator já tinha realizado bons papéis e estava em ascensão. Ainda temos a participação de Laurence Fishburne interpretando o dono de uma loja de música, Selena Gomez que faz a namorada do filho de Sam e William H. Macy como proprietário do bar aonde Sam começa a tocar. Todos os três possuem papéis pequenos, mas cada um com sua importância em determinados momentos do filme.

William H. Macy, além de interpretar, também dirige o filme e acerta em cheio em sua estreia na direção ao entregar um filme sobre tragédias e reconciliações, sem beirar em nenhum momento no dramalhão típico desses filmes.

Aqui no Brasil, foi lançado direto em DVD e pode ser encontrado na Netflix pelo título original "Rudderless"; mas já ganhou outros títulos como "Força Para Viver", "Sem Rumo" , "Um anjo nas ruas" e "Sonhos à Deriva". 'Rudderless', ao pé da letra, seria algo como 'à deriva' em português. É o nome da banda que Sam cria com Quentin e foi dado como brincadeira pelo fato de Sam viver em um barco. Por isso que "Sonhos à Deriva" soa mais justo a todo o teor que o filme apresenta. Assista e entenderá o que quero dizer.

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